AlmArdente

De tudo se fala do que possa habitar uma qualquer alma humana. Os amores e desamores, as artes e os vícios, os prazeres e as dores. Intensas banalidades, para miúdos e graúdos.

sábado, outubro 29, 2005

permanências

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Prendo-me assim às pessoas, aos locais, aos momentos vividos que me tocam e não mais me largam.
Prendo-me assim a rostos e conversas, cores e sabores acompanhados de sons e reminescências tácteis.
Prendo-me. Assim.
Fico horas, dias, meses, a pairar na subtileza dos gestos inadvertidos, dos suspiros fugidios, dos olhares denunciados.
Emoções intensas ou simples flocos de vida que me pousam na alma, tudo são anzóis a prender-me a vontade. E não, não me quero soltar. Sabe-me bem estar assim, colado ao meu mundo.
Sou como um velcro que agarra todos os fios de lã enquanto passo pela vida.
Não seremos todos um pouco assim?