Abandono.
Leveza.
Nostalgia, saudosismo. Tempos que não são os mesmos, algo que perdura, tudo o que o sentimento alcança com singela inocência. A vida numa brisa de Agosto.
Summertime - Hopper
Esta pintura, toda ela é um poema. Perco-me em sensações a contemplar a dinâmica, a carga emotiva, a pose da figura que é como se fosse alguém que existe ainda, aqui mesmo à nossa frente.
A leve aragem, a perna livre, quase infantil, as formas femininas vistas quase à transparência. Semblante enigmático e hipnótico, que nos remete para os "Porquês". E sempre aquela perna, a insistência na perna. A perna que nos mantém cativos...
Tive o consolo de o ver na Tate-Modern Art de Londres. Nunca mais fui o mesmo...
4 Comments:
At 12:09 da tarde, susana duarte said…
nunca fui boa apreciadora de imagens, não sei porquê, falhas cerebrais, talvez,
em contrapeso, sou uma boa apreciadora de palavras, gostei da tua descrição
At 7:55 da tarde, panamá said…
Bela descrição...belas emoções transmitidas, quer pela imagem quer pelas palavras! Obrigada e parabéns, pelo bom-gosto, pois.
At 7:34 da tarde, Miguel Camões said…
Gosto de imagens. Fico assim como que bloqueado na presença de estímulos visuais: um quadro, uma fotografia, um objecto, uma pessoa... Tudo me capta a atenção. Contemplo as coisas, adoro-as. Escalpelizo-lhes os contornos, a côr, a textura... É uma pancada minha :)
At 3:28 da tarde, panamá said…
da boas..diria eu! BEIJOCAS
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