AlmArdente

De tudo se fala do que possa habitar uma qualquer alma humana. Os amores e desamores, as artes e os vícios, os prazeres e as dores. Intensas banalidades, para miúdos e graúdos.

quarta-feira, novembro 30, 2005

The Golden Child

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. . . . . . . .. . Yes, it's true: I am the Chosen One...
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quinta-feira, novembro 24, 2005

VOXX

PARECENDO DIFÍCIL, NÃO É NADA FÁCIL

UMA RÁDIO AMARELA NUM PAÍS CINZENTO

A RÁDIO DA NELINHA

NÃO CONFUNDIR A OBRA PRIMA DO MESTRE, COM A PRIMA DO MESTRE DE OBRA


Pois é, que saudades da "rádio cá do prédio" ...
Tantos anos a ouvir aquela frequência alternativa, que já foi XFM, VOXX e mais recentemente apenas 91.6 (em Lisboa), e agora é esta angústia de lá ter uma rádio do piorio a ocupar aquele espaço sagrado...
Resta o consolo de ainda existir a RADAR e mais uma ou duas que vão passando sons não "massificados".

domingo, novembro 20, 2005

Lá fora chove.
Chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, chove, e chove.
Cá dentro também.

sexta-feira, novembro 18, 2005

CHE POTENZA



BUELL
Lightning XB12Scg

103 hp @ 6800 rpm

domingo, novembro 13, 2005

O melhor desta vida são os amigos.
Amigos verdadeiros, daqueles que estão sempre presentes mesmo a horas de distância. Amigos que passam o dia em nossa casa ou amigos que não vemos durante anos, mas que sabemos que não nos esquecerão nunca.
Duas pessoas que significam bastante para mim, por tudo o que passámos juntos, por tudo o que vivemos em dada altura das nossas vidas, andaram longe de mim, muito longe e sem paradeiro conhecido. Ao fim de mais de uma década, deu-se o reencontro. E se dúvidas havia como iria ser, se teríamos a mesma empatia, se a conversa seria interessante, se continuaria a haver o interesse genuíno em manter a amizade e o contacto, tudo isso se dissipou assim que nos vimos. Foi como se não nos víssemos desde ontem e aqueles sorrisos que esperavam por mim naquela tarde de sol, fizeram-me sentir coisas lindas. Ao fim de tanto tempo, com dez anos pelo meio sem nos vermos, a relação está forte e verdadeira.
Quando nos despedimos, desta vez um "até logo", vim para casa leve e deslumbrado, encantado com o reencontro, com os sentimentos que vieram ao de cima, com a perspectiva de voltarmos a fazer parte das vidas uns dos outros.
E é assim. Passamos pela vida coleccionando objectos e recordações. Relações. Encontros e desencontros. Vamos acumulando tralha emocional juntamente com bens materiais e ao fim de algum tempo paramos para pensar o que é realmente importante; o que nos dá prazer; o que nos faz viver, que nos faz correr e vibrar.
E no meio de tanta coisa, de tanta viagem e carros e motas e casas e dinheiro e sexo e comida e objectos que nos satisfazem o ego, surgem os amigos como a mais preciosa bagagem que podemos ter sempre connosco.
Os amigos são a melhor coisa da vida. O resto é acessório.

sexta-feira, novembro 04, 2005

"I never really had a problem
..because of leaving.
..But everything reminds me of her
..this evening"

Elliott Smith


Dizem os psicólogos entendidos no assunto, que uma separação só deixa de incomodar ao fim de um ano. Dizem os psicólogos entendidos no assunto, que durante esse primeiro ano são frequentes os ataques de saudade, memórias a espreitar à janela, recordações de carinho e de gestos que marcaram. Dizem que sim, que é natural pensarmos que estamos bem, que já passou e que não nos vamos deixar ir abaixo. Mas vamos abaixo. E que repetirmos isso a nós próprios de cada vez que temos uma recaída, também é normal. E repetimos. As imagens que guardamos no coração, aquele sorriso, aquele olhar,... tudo o que se foi acumulando ao longo do tempo, tudo o que foi construíndo a relação, todas aquelas pequeninas coisas que contam, que nos fazem querer estar com alguém, todas as emoções vividas, os momentos de ternura, as ocasiões especiais, as tardes, as noites, as manhãs, ... aquele abraço que abarca o mundo inteiro, os olhos que nos revelavam os segredos do Universo, os cheiros, as manias, os gostos e os medos e os sonhos e as fobias... Tudo o que era NOSSO, tudo, tudo, tudo isso nos aflora o pensamento em momentos imprevisíveis. E os psicólogos dizem que sim, que é natural, que durante um ano essas recordações vão surgindo aqui e ali, assaltando de emboscada, mas que acabam por se ir desvanecendo lentamente, lentamente...
Deixamos velhos hábitos como roupa amarrotada numa cadeira. Queremos sacudir a poeira. E avançamos pela vida à procura de algo, qualquer coisa que seja uma lufada de ar fresco. Conhecemos gente nova, vivem-se experiências novas, e de repente parece que já esqueceu. E quando menos se espera, uma foto mal escondida vem reacender velhos sentimentos (que não serão tão velhos assim). Uma conversa que puxe a uma memória, os cacos varridos para debaixo do tapete começam a aparecer e... "Pronto, que se há-de fazer? Ainda não esqueci."
Entendo agora que a paixão maior duma qualquer existência leva tempo a ser esquecida; que é normal sentir o vazio que fica e o desgosto; que é natural ter saudade e matutar nos porquês. Um ano, mais ou menos, é o que dizem os entendidos. Isso quer dizer que sou uma pessoa normal.
Nunca me senti tão infeliz por saber que sou uma pessoa normal...



(Estou no segundo semestre de tratamento. Em breve estarei curado.)