AlmArdente

De tudo se fala do que possa habitar uma qualquer alma humana. Os amores e desamores, as artes e os vícios, os prazeres e as dores. Intensas banalidades, para miúdos e graúdos.

quinta-feira, junho 22, 2006

Consolos



Sou de me aninhar em alguém que me oiça, e falar, falar, falar... Desabafar este mundo e o outro sem esperar consolo. Apenas deitar cá para fora toda a dor ou mágoa ou dúvida ou seja lá o que for que me atormenta o espírito.
Se me vejo acabrunhado e triste, eu, que até sou uma pessoa alegre e reinadia, verto as aflições num quase sentido único. Não preciso de palmadinhas nas costas, não procuro palavras carinhosas. Não necessito do feedback caloroso para me sentir bem outra vez.
Tem isto a ver com as pessoas que são mimosas, choramingas, carentes da benevolência amiga. Pessoas que procuram forças num abraço reconfortante, nas palavras suaves, na energia emanada de alguém que seja forte e sábio para lhes mostrar o caminho.
Não estou a desprestigiar essas pessoas. Não são menos capazes, nem mais piegas. São simplesmente humanas. Como eu, à minha maneira.
Gosto mesmo é de deitar para fora.
E depois de tudo transbordar, sigo mais leve e airoso.

quarta-feira, junho 21, 2006





Na tua láctea lordose, ó minha sebinha ruiva, espalho-me eu em beijos melados.

Para infelicidade de ambos os dois, apenas de duas em duas semanas...

quarta-feira, junho 14, 2006

Amizade: honestidade e lealdade.

Amizade.
Não imagino uma vida sem verdadeiras amizades.
É feliz quem tem por perto alguém verdadeiramente amigo. Alguém despretencioso, desinteressado de algo mais que não seja a partilha de bons momentos, o apoio nos maus momentos, o regozijo pela felicidade do amigo.
A amizade não se coaduna com invejas ou maledicências.
A amizade não é compatível com orgulhos exacerbados e individualismos egoístas.
A amizade é feita de honestidade e lealdade.
A amizade existe para nivelar os Homens, para nos unir, para que um sinta a força de todos e para que todos se sintam como um.
É coisa que prezo, a amizade. E sei que tenho aquele punhado de bons amigos, os verdadeiros, aqueles com quem contar.
Quanto aos outros, os que fazem por si, indiferentes a tudo e todos, enfim, pode ser que um dia compreendam que a vida é mais que ter objectos e uma boa conta bancária. A vida é mais do que querermos ser mais e melhores, no nosso egoísmo patético.
Deixem-se disso. Já vai sendo altura de serem verdadeiros amigos. Ou então, um dia constatarão que não têm nada...