AlmArdente

De tudo se fala do que possa habitar uma qualquer alma humana. Os amores e desamores, as artes e os vícios, os prazeres e as dores. Intensas banalidades, para miúdos e graúdos.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

My Name is Earl



















Aqui está mais uma boa razão para passar alguns serões em frente da tv.


My Name is Earl

A série mais leve e divertida que passa na Fox e na RTP.
Já é um vício. Dos bons.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

O porquê das coisas

Há uns meses atrás, fui convidado a escrever sobre o porquê de criar e manter um blog. O convite partiu do Instituto de Ciências Sociais, no âmbito dum projecto de ocupação de tempos livres para jovens, que tomaram assim contacto com o mundo dos Estudos Sociológicos.
Desconhecendo o resultado desse estudo, deixo aqui porém o texto que entreguei, que mostra a minha perspectiva de autor de blog.

Que razões levam alguém a querer iniciar e manter um blog? Notoriedade? Auto-satisfação? O prazer despretencioso de partilhar com os outros o que quer que lhe vá na alma? O viperismo de dar com a língua nos dentes acerca das podridões alheias?Eu digo que todas estas razões são válidas e cada um sabe de si.Mas o que me levou a mim a editar um blog?Bem, na realidade, tudo começou por ser uma reacção espontânea a um desgosto amoroso. Não daqueles que pululam nos Morangos com Açúcar, mas dos sérios, de gente crescida. Foi uma grande perda, a que senti (e penso que muitos sabem o que se sente nessas situações). Foi uma chapada dolorosa seguida de uma sensação de vazio, que precisava de um exorcismo criativo. Amigo da escrita desde criança, decidi-me a explorar o mundo dos blogs. Comecei por ler alguns de que gostei muito e acabei por criar o meu próprio blog. Quis fazer dele algo diferente, não um diário, não um manifesto ou uma exposição de opinião quotidiana nem política. Blogs desses havia muitos com fartura. Assim criei um blog de “coisas”. Coisas de que gosto, coisas que me prendem a atenção, coisas que me fazem parar e sorrir ou reflectir sobre elas. Coisas que me deslumbram, coisas que de alguma maneira me cativam. De filmes e música a fotografias, receitas culinárias e reflexões de vida, tudo se pode encontrar no meu blog. Escrevo sobre o amor tal como posso descrever uma viagem a África ou mostrar umas fotos de carros e motas. Mas porquê a publicação em blog? Podia muito simplesmente fazer uma compilação de tudo no meu disco rígido e imprimir, como se fosse um albúm. E é aí que entra a vaidade do artista. Porque isto de publicar seja o que for, acarreta sempre uma ponta de vaidade e desejo de aceitação. Como tal, também eu busquei o meu espaço público, os meus leitores, para me sentir como parte integrante desta grande aldeia global. No fundo, no fundo, penso que é uma forma de nos darmos a conhecer, esperando que alguém beneficie com isso, que partilhe dos nossos sentimentos, dos nossos gostos. Nenhum homem é uma ilha isolada e a socialização, nos tempo que correm, é feita também através dos blogs.Quanto à manutenção do blog, é feita quando há tempo e inspiração. Posso escrever várias vezes por dia, assim como se podem passar semanas ou meses sem colocar nada de novo. É uma coisa que não me apoquenta. Essa é uma vantagem de não ser um diário nem um modo de publicação de artigos de opinião. Isso eu deixo para os pseudo-intelectuais.Em relação aos blogs dos outros e a forma como interajo com eles, uma coisa é certa logo à partida: posso gostar ou não dos vários que vou apreciando na blogosfera, mas nunca os menosprezo. Às vezes faço comentários, quando sinto que tenho algo a acrescentar, mas na maioria das vezes limito-me a ver. E tenho sempre presente, quando navego de blog em blog, que os há para todos os gostos.

Podem ler os textos dos demais autores aqui

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Comidinha boa

Sabe bem ir a sítios diferentes. Sabe bem experimentar.
No outro dia decidi jantar num restaurante vegetariano que já vai sendo famoso na nossa praça, mas que conhecia só de nome.

Não me arrependi.
Por entre beringelas e sojas, endívias e feijão, optei por um sumo de gengibre (o de bagas vermelhas também era delicioso) e rematei com uma sobremesa belíssima, à base de frutos secos e recheio de maçã.
O ambiente é acolhedor e puro: nada de fumo pestilento de tabaco.
A esplanada é alegre e tem um encanto especial durante a noite. Mesmo que faça frio, está-se lá bem, devido às lâmpadas de aquecimento.
Enfim, é um sítio particularmente belo, onde se come devagar e se experimenta de tudo um pouco (o regime de buffet assim o proporciona).
Restaurante
Terra no Príncipe Real, em Lisboa. Experimentem que vale a pena.




quarta-feira, janeiro 10, 2007



A nova campanha da Sloggi já anda aí nos cartazes. Pessoalmente, sempre gostei de bons westerns...

Há alturas na vida de uma pessoa, em que tem de se arregaçar as mangas e meter mãos à obra.
Certas encruzilhadas não se resolvem no comodismo da inacção. A situação não evolui se não tiver um impulso forte e decidido, e por vezes esse impulso tem de ser dado mesmo sem garantias do que se vai encontrar pela frente.
Há quem se fique pela estagnação, resignando-se aos factos presentes e sem confiança no desconhecido. Mas a estagnação incomoda. A estagnação é inimiga dum espírito livre; é a grilheta do pensamento. A estagnação, o hibernar da mente e a falta de acção, não se coadunam com a ambição, intelectual e material. Sensorial. E este Diab'Alma estava a caír num estado de letargia que começava a fazer comichão nos neurónios.
Por isso arregacei as mangas e vou arriscar.
Como me ensinaram um dia: "Em situação de crise, mais vale decidir erradamente do que não decidir."
Falo de futuro profissional, de emprego, trabalho, ocupação. Mas podia enquadrar estas palavras em assuntos de amor ou no mundo dos negócios.
O ímpeto é tudo. O querer evoluír, a busca da satisfação, da condição ideal de vida, são aspectos que envolvem grande dose de paixão. Porque sem essa paixão que acenda o rastilho, o mais certo será ficar a babar sentado num sofá, enquanto passa mais uma novela na tv...

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Do desapontamento

Passou o Natal e não recebi um livro.
Tive prendas interessantes, mais ou menos valiosas, mais ou menos úteis, mas não tive, de ninguém, um livro para ler.
É um desconsolo, digo-vos. Um desconsolo...