AlmArdente

De tudo se fala do que possa habitar uma qualquer alma humana. Os amores e desamores, as artes e os vícios, os prazeres e as dores. Intensas banalidades, para miúdos e graúdos.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Tentei algumas vezes, ao longo dos anos, planear e organizar; seguir uma linha de vida por mim traçada, buscando alcançar objectivos supremos, valores elevados de qualidade material e espiritual que me tornassem numa pessoa cada vez mais distinta e bem sucedida. Poucas vezes funcionou. Na verdade, dediquei-me à arte de improvisar, de ir ajeitando as soluções às circunstâncias momentâneas. E isso sim, tem funcionado.
Quantas vezes estava já às portas de algo previsto, desejado ou não, e de repente tudo deu uma reviravolta mandando-me por outros caminhos!
De maneira que deixei de fazer grandes planos; deixei-me de projectos e objectivos delineados e obssessivos. Passei somente a ter sonhos e vontades, lembranças dum futuro desejado. E sinto-me bem assim, quase navio desgovernado arrastado pela corrente - mas não à deriva!
É um estilo de vida, uma maneira de estar. Tranquilidade. Saber que há sempre solução e coisas novas pela frente. As boas aproveitam-se e as más contornam-se com manobras acrobáticas e jogo de cintura.
E agora, mais uma vez, mergulho no mar de possibilidades que a vida me oferece, sem garantias nem certezas, e logo se vê onde isto leva. Ou não fosse Portugal uma pátria de aventureiros.

terça-feira, dezembro 11, 2007


Mais uma coisa boa que chegou ao fim.

Sem razão aparente (uma vez que a revista era um sucesso), a PREMIERE teve a sua última edição em Outubro.

Para quem, como eu, era leitor assíduo da revista, a premiere segue em versão Blog. Não é a mesma coisa, mas vale o esforço.


Horas bem passadas em forma de papel:

O LIVRO DAS INUTILIDADES

De leitura bastante agradável e divertida, este livrinho recomenda-se a quem gosta de saber sempre mais qualquer coisa sobre o mundo que nos rodeia (como o facto de a sanguessuga possuír 32 cérebros, ou que no final do séc. XIX foram usadas milhões de múmias egípcias como combustível nos comboios).

Bom para serões à lareira ou uma tarde num banco de jardim.


segunda-feira, dezembro 10, 2007

Dois nomes da música a tocar com insistência:

Amy Winehouse e Martina Topley Bird.

Terminou.
Ao fim de seis anos, uma das melhores séries de todos os tempos chegou ao fim, deixando toda a gente pendurada num final inconclusivo de imagens tensas e enervantes, ao som duma música sugestivamente empolgante: "Don't stop believing". Brilhante. Sentados no sofá, o nervoso miudinho tomou conta de nós à medida que o final se aproximava. E depois o vazio.
Vou ter saudades do Tony. E da Carmela, do Paulie, do Silvio... Dos tempos do Furio e da Adriana; De toda aquela cultura de anti-herói, os maus exemplos, os criminosos carismáticos e cheios de pinta. E aquele guarda-roupa!...
A televisão ficou irremediavelmente mais pobre.