AlmArdente

De tudo se fala do que possa habitar uma qualquer alma humana. Os amores e desamores, as artes e os vícios, os prazeres e as dores. Intensas banalidades, para miúdos e graúdos.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Do convívio

Desde sempre, vivo para conviver.
Se há coisa realmente estimulante e prazenteira, é reunir um grupo de amigos numa tarde de sol e poder discorrer horas a fio sobre coisas deste mundo e do outro. Conversamos e rimos, falamos em algazarra ou sussurramos segredos, mas sempre num ambiente de descontracção e alegria.
Estas reuniões são quase sempre potenciadas pela mesa, e a última delas, em minha casa, teve como pretexto um almoço de migas de espargos. Migas alentejanas feitas com espargos silvestres. Selvagens, apanhados pelos pais do Diab'Alma lá para os lados de Coruche. Apanhados na Primavera e congelados, que agora não é tempo deles. A acompanhar as migas, carne de alguidar, pois claro! Daquela chicha de porco bem temperada com pimentão e alho e frita em banha. Para desenfastiar, muita fruta, muita salada e tudo regado com um Fiuza branco, Chardonnay da região do Ribatejo. Desengane-se quem só bebe vinho tinto. Temos brancos divinais, como este.
Não faltou a mousse e o pão-de-ló, tudo caseiro pelas mãos duma amiga, a acompanhar Angelica do Pico.
Com amigas destas e tardes assim, para quê saír de casa?
É o convívio, pois claro. Seja aqui ou na Isle of Dogs, o que sabe bem é estar bem acompanhado e deixar o tempo passar...

quarta-feira, setembro 06, 2006

Tintos deste Verão


O Verão convida a vinhos verdes, é certo. Mas isso se o Verão for passado em sítios quentes.
A meio do Atlântico a temperatura nunca sobe muito. Assim, praticamente todas as refeições deste Verão foram aconchegadas com vinhos tintos.
A acompanhar os bifes de albacora, o afamado queijo da ilha, a molha de carne e a famosa alcatra terceirense, destacaram-se os vinhos Fundação Abreu Callado, Cabeça de Burro, Chaminé e Dona Ermelinda. Quase todos de 2002 e todos a pedir mais um copo.

terça-feira, setembro 05, 2006

Navegar

Navegar.
Partir.
Vaguear, descobrir, rumar sem destino e encontrar novas paragens, novas gentes, novos mundos. Descobrir-me a mim mesmo nessa busca de liberdade.
Desde cedo que me apeguei aos barcos. Sonhava em um dia partir por esse mar fora à procura de aventuras, inspirado nos filmes de Errol Flyn.
Cheguei e ter um pé na Armada, mas optei por uma vida civil.
Agora, tendo já experimentado por algumas vezes as sensações do mundo náutico, decidi-me a praticar vela.
Vou começar por me inscrever numa escola, para evoluír até me tornar marinheiro capaz. E depois, se se concretizar um desejo antigo, embarco como tripulante dum grande veleiro. Todos os anos abrem inscrições para viagens à volta do mundo e vou estar atento.
Em todo o caso, tenho sempre o ILHA AZUL do meu Amigo Marco, um veleiro de 8 metros na Ilha do Faial.
Afinal, foi lá que tudo começou.
Para quem tem o bichinho do mar, pode encontrar mais informações aqui .